Arquivo mensal: setembro 2011

Como você se comporta nas redes sociais? Leia dicas de etiqueta.

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As redes sociais são uma vitrine. As pessoas se expõem, expõem os outros e, se não tomam cuidado, desvalorizam o produto que, nesse caso, são elas mesmas. Os benefícios ainda são aqueles que a internet dissemina desde os primórdios: conhecer gente nova, reencontrar velhos amigos, iniciar relacionamentos e, até mesmo, fazer negócios ou arrumar um trabalho. Mas tanta interação pode fazer você se dar mal. As eficazes ferramentas de popularidade podem depor contra você. Portanto, primeira regra: evite excessos. Se você já fez o teste e recebeu o alerta de que deveria tomar mais cuidado com o seu comportamento, melhor ler as dicas abaixo para evitar gafes.

Manual de etiqueta virtual:

 

CONVITES

Segundo Célia Pereira Leão, consultora de etiqueta, a maneira como uma pessoa se comporta na vida real deve ser a mesma na virtual. Você aceita todos os convites que fazem para você pessoalmente? Com certeza, não. “Você só aceita convites e pessoas se tiver vontade”, diz. Porém, alguns contatos serão um pouco difíceis de serem evitados, como o convite do chefe e dos colegas mais próximos do trabalho, por exemplo. Se te adicionarem, é de bom tom aceitar.

 

NO MURAL

Afinal, existe um número de posts considerado correto para disparar nas suas redes sociais por dia? Não. “O que importa é compartilhar informações relevantes, notícias e novidades”, diz Carolina Lima, analista de redes sociais e autora de “Como Acabar Com Sua Empresa em 140 Caracteres” (Ed. Novatec). Falar sobre assuntos que têm alguma relação com sua profissão também é válido, mas tenha em mente que você deve publicar essas informações com cautela, para que não atrapalhe o seu trabalho. Gafe maior é seu colega achar que você não faz nada e vive para postar amenidades nas redes sociais. “Não pega nada bem passar o dia combinando a bebedeira do final de semana com os amigos”, afirma Carolina.

 

NÃO SEJA PEDANTE

“Sua inveja faz a minha fama”, “Falar é fácil, difícil é ser eu” e outros bordões poderiam ser evitados só por serem muito batidos. Mas, além disso, ofendem gratuitamente as pessoas e passam uma imagem ruim de você. A consultora de etiqueta Célia Leão diz que o elegante respeita a diferença. “Conviver com as divergências é a grande lição da vida”. Por isso, postura pedante, piadas preconceituosas, discussões por comentários, insinuações e falar mal dos outros são péssimos para sua imagem virtual. Evite.

 

NÃO SEJA CHATO:

Não ser inconveniente é uma postura importante, segundo André Pantalião, fundador da Vizir, agência de monitoramento de redes sociais. “Virar o repassador de correntes, promoções ou posts frequentes que ninguém acha útil ou engraçado está fora de questão”, diz. “Assim como postar besteiras a cada segundo ou ficar falando o que você está fazendo o tempo todo (a não ser que você seja famoso) e se meter nas conversas alheias tornam você um chato na internet”, afirma Carolina Lima, analista de redes sociais.

 

ENTENDA AS REDES:

É preciso prestar atenção ao que cada rede social pode oferecer e qual é sua finalidade. André aconselha: “identifique qual o objetivo de cada rede. Algumas se diferenciam pelo tipo de mídia que armazenam: são bem claros como Youtube, para vídeos, e o Picasa para fotos. Outras se diferenciam pelo tipo de informação que publicam: Twitter para atualizações curtas, LinkedIn para informações profissionais e Facebook para amigos, por exemplo”. Em suma: muita gente está no seu Facebook por obrigação – porque vocês se conhecem ou são familiares -, no LinkedIn apenas por causa de trabalho, e no Twitter, eles estão seguindo você porque querem. Use a sabedoria para o que postar em cada uma delas. E evite compartilhar a mesma coisa em todas as redes. Isso é cansativo!

 

FOTOS

 

Fotos da época que você ganhou o título de Miss Verão 1995 são propaganda enganosa. Claro que vale você colocá-las em um álbum em sua rede -afinal, nossa história é formada por fotos antigas, também, mas deixando claro que não é a sua foto atual. Marcar seus amigos nas fotos vexaminosas da formatura de 1987 também não é legal, pois queima o filme deles. Ainda mais se ele, alguma vez, já desmarcou uma outra foto que você assinalou. Se já o fez, jamais repita.

 

CÁREN NAKASHIMA
Colaboração para o UOL – 20/07/2011 –

 

 

Festeiro, revoltadinho ou filósofo? Descubra se você é um dos chatos das redes sociais.

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Ter perfil em alguma rede social, como Facebook, Twitter ou Orkut, é garantia de diversão. Ali, dá para interagir com seus amigos, compartilhar gostos e contar novidades. Mas, de vez em quando, esses espaços virtuais podem ser muito irritantes, com gente que mergulha de cabeça no compartilhamento. É só acessar estes sites e lá vem um festival de confissões, lamentações, propagandas, convites, clichês, frases feitas, fora as informações que ninguém tem interesse em saber (ok, você levou seu cachorrinho para passear, mas e daí?).

Para fugir desses figuras, há duas maneiras: você apaga os chatos da lista de amigos ou se exila das redes sociais. Afinal, as pessoas são livres para fazer (quase tudo) o que quiserem na internet. Por isso, o exercício de autocrítica é importante na hora de sair tagarelando pela web.

UOL Comportamento traçou o perfil dos seis tipos mais desagradáveis nos ambientes sociais da internet. Especialistas no assunto ainda desvendam o que há por trás destas atitudes incômodas e, de quebra, dão dicas de como mudar caso perceba que o mala é você.

Você é um chato das redes sociais?

 

FESTEIRO:

O que posta?

Muitas fotos em festas, viagens ou encontros com os amigos. Os álbuns levam títulos nada criativos, como “Momentos”, “Por aí” ou “Amo muito tudo isso”. Nunca ouviu falar em “edição”: costuma postar milhões de imagens com as mesmas pessoas, nas mesmas situações, com exceção de um sorriso ou um “V” de vitória. Faça chuva ou faça sol, acredita que a vida serve para ser celebrada e que qualquer evento se torna mais interessante com sua presença animada.

O que há por trás?

A psicóloga Suzy Camacho, de São Paulo, explica que o mundo virtual é um universo de fantasia. Por isso, abre espaço para que os usuários tentem expressar o que gostariam de ser, com a ajuda de uma “lente de aumento”. “Com essa atitude, a pessoa quer mostrar que é alto-astral e que está, de fato, vivendo a vida. É uma necessidade de autoafirmação”, diz. A especialista dá a dica: antes de divulgar sua alegria para o mundo, pergunte a si mesmo se ela é verdadeira ou se o que você espera, na verdade, é despertar a inveja alheia.

 

 NEGATIVO OU POSITIVO:

 

O que postam?

O primeiro tipo, só lamúrias. Reclama do calor, do frio, do trânsito, da falta de dinheiro, da falta de homem. Para este ser infeliz, o mundo é uma eterna segunda-feira chuvosa. Já o segundo é como a personagem Pollyanna: adora inspirar a humanidade virtual com suas pérolas de sabedoria. Frases tiradas de músicas (como “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar”, de Gilberto Gil) são alguns de seus clichês favoritos. É do tipo que dá “bom dia!” diariamente e está sempre feliz com a vida, o trabalho, o governo, até com o peso. Trabalho no domingo de sol? Tudo bem, é por uma causa nobre.

O que há por trás?

Uma necessidade imensa de chamar a atenção. “Essas pessoas querem notoriedade, porém acabam se tornando desagradáveis na rede social”, afirma Suzy. Felipe Agne, coordenador de relacionamento, conteúdo e redes sociais da Mix-Use Cosmética Profissional, considera que Hardys e Pollyannas são tentativas de construir personagens. “Mas as outras pessoas percebem quando não há autenticidade”, diz. Por sua experiência em grupos de discussão na web, Felipe diz que as atitudes que temos na “vida offline” são as mesmas da “vida online”. “Uma pessoa que só fala de si mesma, negativa ou positivamente, é chata em qualquer lugar”, conclui ele.

 

REVOLTADO:

 

O que posta?

Denúncias sobre trabalho escravo, corrupção, miséria ou calçados produzidos com pele de animais (mesmo que tenha almoçado uma picanha mal passada). Alguns sentem grande prazer em trocar farpas com qualquer pessoa que tenha opiniões diferentes das deles. E muitas vezes o assunto nem precisa ser polêmico, como futebol, religião ou política. É só um conhecido postar que curtiu (ou não) o cabelo da Sandy que lá está o revoltadinho, detonando a opinião alheia. Vive criticando quem reclama demais no Twitter, fala que o Mark Zuckerberg (criador do Facebook) é um idiota, alega que odeia as redes sociais. Mas deletar o seu perfil que é bom, nada.

O que há por trás?

Preocupação sincera com questões sociais? Nem sempre. Vontade de causar polêmica? Ah, isso com certeza. “Quem quer se envolver com alguma causa e levá-la a sério o faz no plano real. A mobilização pelo Facebook é mínima e nem sempre leva a uma mudança drástica na sociedade”, afirma a psicóloga Andrea Jotta, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática (NPPI) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ela, algumas discussões virtuais nada mais são do que um exercício para o fanatismo.

 

FILÓSOFO: 

 

O que posta?

Palavras inspiradoras e cheias de sabedoria. Mas não se engane: a autoria das frases é de São Francisco de Assis, Chico Xavier, Fernando Pessoa ou Clarice Lispector. “O Pequeno Príncipe” também cativou a esse mala, que distribui as frases de Antoine de Saint-Exupéry, autor do livro, para trazer paz e luz a seus amigos e seguidores. Santos e escritores (que até merecem ser beatificados, de tanto que emprestam sua inteligência a ele) são “homenageados” todos os dias e, em alguns casos, o dia inteiro!

O que há por trás?

Uma das explicações para este comportamento é a vontade de transmitir uma imagem culta e inteligente. “É como se o autor da frase agregasse valor à imagem do internauta”, explica Suzy Camacho. Porém a psicóloga ressalta que, se usado em excesso, o recurso tem efeito totalmente contrário. “Fica parecendo que essas pessoas esbanjam muita teoria porque, na realidade, têm pouca prática”. Algumas pessoas, geralmente mulheres, também fazem deste artifício uma forma de mandar um recadinho para alguém – um ex-namorado, um ficante ou aquele amigo traíra. A psicóloga Andrea Jotta acredita que o recurso engraçadinho seja eficiente apenas na adolescência. Na idade adulta, espera-se que a pessoa já tenha maturidade para resolver suas questões ao vivo e em cores.

 

INCONVENIENTE:

 

O que posta?

Quizz de perguntas e respostas, enquetes, charadas, convites de mil eventos. Ele pede para montar fazendinhas de mentira ao seu lado e é sempre presença garantida em jogos ou aplicativos novos. Alguns também marcam fotos horrorosas (ou em situações desagradáveis) dos amigos, fazem calendários cafonas com todos os seus contatos ou incluem os nomes de colegas em conversas e grupos dos quais não fazem parte.

O que há por trás?

A vontade de interagir e se sentir aceito, segundo Andrea Jotta. Mais uma vez, o resultado é justamente o oposto do esperado. “O marketing no campo social é muito mais sutil e se esquecer disso provoca rejeição”, afirma Felipe Agne, especialista em Ações Inovadoras nas Redes Sociais pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo. Ou seja, forçar a amizade nunca é um bom negócio.

COMPULSIVO:

 

O que posta?

Tudo o que acontece em sua vida, nos mínimos detalhes e com o maior número possível de caractéres. Começou uma dieta? Lá vem a descrição de cada item do cardápio com suas devidas calorias. No escritório, ele esquece que os amigos também estão cheios de tarefas e lá vai contar tintim por tintim o que tem para fazer. É o cara que, por algum motivo, acha importante dizer que o café acabou, que precisa ir ao mercado, que o carro está com o pneu furado e até se está com alguma cistite ou infecção intestinal.

O que há por trás?

Baixa autoestima, carência e um desejo enorme de aparecer. Só que a maior parte das experiências postadas não é nem um pouco interessante para quem as lê. “Esse comportamento é típico das mulheres, que, por questões genéticas, falam muito mais do que os homens”, comenta Suzy. Quando a pessoa fala, no entanto, ninguém percebe o número de palavras. Já visualmente, como acontece nas redes sociais, ela se torna repetitiva e chata. “O que você ouve, deleta. Mas se você lê aquilo diariamente, acaba incomodando.”

 

 HELOÍSA NORONHA
– Colaboração para o UOL COMPOTAMENTO em 15/09/2011 –

 

Tipos de Homem.

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Tipos de Homem Entrevista concedida à revista NOVA Tipos de homem com os quais se pode deparar quando sai para paquerar – como lidar com esse homem? – o que fazer para conquistá-lo/seduzi-lo? – o que evitar fazer para não afastá-lo? – quais os prós e contras de cada tipo?
Laura Muller: O tipo A, de aventureiro: super extrovertido, adora festas, baladas, viagens, aventuras, mil programas. Gosta de viver com muita adrenalina em tudo o que faz. Para acompanhá-lo, a mulher precisa estar disposta a topas programas malucos, sem grandes programações. A palavra-chave é diversão. E esponaneidade. Luiz Cuschnir: Conviver com este implica em também ter muito preparo físico, emocional, desenvoltura social, disponibilidade de tempo (quem sabe de dinheiro), profissionalmente livre para poder acompanhá-lo. Não dá para viver tímida, introvertida, gorda, silenciosa, reflexiva, ligada em novela e filme em casa a dois. Conquistá-lo é se divertir em tudo, animar-se em cada uma dessas atividades, dar adeus a mau-humor, TPM, insônia, sono excessivo, problemas pessoais, familiares etc. ânimo é palavra-chave, da hora que levanta a que vai dormir. Evitar compartilhar tudo o que é desagradável na vida, nos relacionamentos, doenças etc. Não trazer a cada momento seus conflitos familiares, histórias desgraçadas pessoais ou dos outros. Isso não o entretém, acreditem! Não se prender ao já combinado, à agenda de família, ao já combinado com amigos. Ele é mais ele e os programas que ele adora. Adrenalina vicia… Ficar pouco sozinhos, dará a ele a sensação que ele tanto precisa. Nunca estar longos períodos a sós para compartilhar intimidades. Ela não será prioridade em quase tudo, nem centro das atenções entre os amigos nem pode brilhar muito portanto não adianta fazer o tipo emburrada que só vai atrasá-lo para ele correr atrás da próxima aventura. É muito bom ter alguém assim tão esportivo, disposto, sempre alerta para novidades e aventuras, conhecendo muita gente. Este estilo pode dar certo na vida em geral, por ser uma pessoa bem relacionada, sem muito medo de muita coisa. Para quem quer sossego, é pouco recomendável. Ele não é a melhor companhia para quem é muito romântica, e gosta do tête-a-tête. Ele está para o mundo e não para ela, que pode ser até uma boa companheira, mas ela nunca vai ser princesa.

Laura Muller: O tipo N, de novo homem. Super bacana, é o sonho de toda mulher. Divide as tarefas de casa (lava a louça, faz o supermercado e cozinha), mas às vezes, de tão sensível, enjoa. Luiz Cuschnir: Estar atenta que ele pode guardar o que não gosta então é preciso se desenvolver na percepção e o conhecer além das palavras. Tende a ser um homem mais quieto em certas fases e além de enjoar, também pode ser destituída por ele ir embora sem ela perceber. Ele vai notar e anotar todas as pisadas de bola que ela dar. Ser dedicada também a ele e às coisas da casa. Descobrir sempre e manter atividades que complementem ou até completem o que ele já sabe fazer (e faz). Ser mágica em trazer algo para o convívio demonstrando que é feminina com sensibilidade para mantê-lo forte no papel masculino. Não reclamar que a vida é dura, que fazer as tarefas de casa são intoleráveis, bagunça na casa ou finanças domésticas, geladeira vazia, incompetência na administração domésticas, grosserias no trato pessoal, não se desenvolver psicologicamente (terapia) podem gerar muita incompatibilidade. Como é o sonho (ou pelo menos pronunciado), a satisfação de ter este companheiro estará presente para que ela aproveite esta companhia para aprender sempre como é o compartilhar das responsabilidades e dos prazeres de ter um lar e uma conjugalidade participativa. Não vai sentir-se explorada, nem incompreendida se tiver problemas a resolve, sejam psicológicos ou concretos. Não vai poder colocar a culpa da sua incompetência em lidar com a casa no excesso ou desagrado das atividades rotineiras. Vai ter que saber dosar muito bem tudo para não cair do cavalo quando a sorte grande que parecia eterna vier trazendo a notícia que ela não conseguiu sobressair entre todas outras que ele já experimentou.

Laura Muller: O tipo K, de kit completo. Apesar de jovem, ele tem ex-mulher e filho. Problemas (Tipo K-): a divisão do tempo e a mudança de programas (às vezes a moça vai ter que passar o sábado à noite vendo Os Incríveis com o pequeno e o namorado). Lado bom: (Tipo K+) grandes chances de ele ser mais maduro que os simplesmente solteiros da mesma idade, que não viveram a história toda. Luiz Cuschnir: Nunca tentar tirar tudo o que ele ainda não lhe contou: há coisas que cada um prefere guardar, como mágoas da vida anterior. Também demonstrar interesse quando ele quiser falar dessas coisas sempre percebendo que interrogá-lo excessivamente é ruim, mas ficar quieta sem fazer nenhuma pergunta pode induzir a ele imaginar sendo pesado ou ela desinteressada. Preparar um campo para o K fazer parte da vida dos dois SEM CULPÁ-LO, de preferência livrando ele da culpa explicitamente. Elogiá-lo em quanto ele dá conta do recado (tomar cuidado para não ser falsa que ele percebe bem este jogo). Presenteá-lo também é presentear os filhos. Torná-lo dependente emocionalmente dela(ele precisar dela para a vida dele) é se dispor a ajudá-lo cuidar de todos esses problemas e até dispor-se a cuidar de coisas sem ele, para aliviá-lo. Não querer se impor para ele, ou para os filhos, mesmo que não seja do tipo madrasta, mas querer interferir nas rotinas, educação e saber que muitas vezes o ficar quieta é “ouro” puro. Aproveitar as brechas para dar-lhe muito carinho, em palavras, gestos, aconchego e tolerância. Não falar mal da mulher, ou do jeito que ele trata os assuntos de filhos, divórcio, compromissos com a ex. Não declará-lo incompetente para com a Justiça “supercompetente” do país, nem forçá-lo a tomar atitudes ais beligerantes que as que já toma. Nem mostrar a ele como ele é machista, perverso, ou incapaz em outras situações que os problemas K parecem ameaçá-lo. é mais maduro em muito aspectos e está pronto para ter com ela uma vida mais realista. Já dá para perceber e não se enganar quando ele for pai dos dela também. Ele sabe o que é uma casa, como rola a rotina, como organizar uma série de tarefas do dia-a-dia. Ele vai manter muitos dos hábitos e vícios, portanto já se tem uma visão dos pepinos que vai encontrar, e assim vai poder experimentar se tolera ou não. Imaginar que é a prioridade e a rainha da cocada preta sempre, é viajar na maiô. Ele sempre estará com o trauma bem visível, claro correndo o risco de ser comparada e perder em algumas coisas pelo menos. Uma parte do mundo dele tem lembranças indeléveis, que o tornam impossível de satisfazê-lo para as mais onipotentes.

Laura Muller: O tipo T, de tiozinho. Normalmente tem mais de 40, é separado ou solteiro convicto. Vai para a balada, freqüenta a academia e adora exibir a tatuagem que acabou de fazer. Lado bom: é experiente, gentil, cavalheiro. Lado ruim: talvez tenha menos energia e outras referências de diversão? Luiz Cuschnir: Seria sempre bom poder acompanhá-lo nesses lugares, balada, academia e aceitar sem criticas às tatuagens, narcisismos, relacionamentos sociais às vezes bem discrepantes dos valores dela. Deixá-lo um pouco mais sozinho para ele poder manter-se livre e poder curtir os hábitos desejáveis e indesejáveis. Valorizar esses aspectos positivos e esquecer dos negativos, sem insistir exaustivamente em transforma-lo para o seu ideal de homem. Estar disponível para quando ele estiver no “mood” de levá-la em alguma atividade que ele se sinta bem, animado ou sonhando em realizar. Mostrar que não está vinculada a nenhum estrato social, econômico, cultural que a impeça de participar da vida que ele já montou até agora. Variar um pouco de padrão, com surpresas que possam divertí-lo e estimulá-lo, sempre tomando como base que não é nenhuma imposição, nem faze-lo se sentir culpado de não ser da tribo dela. Forçá-lo a participar de eventos que não tem nada a ver com ele “para ele ir se acostumando”. Expô-lo em situações que ele se sinta “o velho”, até porque pelo jeito ele não quer de jeito nenhum ser lembrado disso… Ao mesmo tempo, ter a noção do que é estar com alguém mais maduro, que já viveu muita coisa, esconde atrás das máscaras outras tantas, e que algumas sutilmente podem propiciar um mundo novo para ele. Ele nunca quer discutir, quem sabe conversar, e precisa ser sempre de uma maneira “light”, nada de “papo de patrão”. Se a idéia é não precisar ter filhos, relacionamentos tradicionais, morar junto, ser protegida 24 hs por dia, ele é ótimo. Quem sabe ele não vai atrapalhá-la nos projetos profissionais ou da manutenção de um corpo de solteira. Ele não é largado por fazer ginástica, não tem todos os preconceitos dos mais velhos e é uma boa companhia para participar dos sociais que freqüenta. Tem um padrão de educação que ao menos não o coloca no lugar de machão ou agressivo grosseiro. Tem limites em várias situações, não procurará sair deste patamar aonde se encontra, nem profissional, nem social e provavelmente nem familiar. Os limites de energia ou de diversão podem tornar tudo muito previsível depois de algum tempo. Riscos de aparecerem ou parecerem manias repetitivas.

Laura Muller: O tipo V, de vaidoso. é o metrossexual, mas aquele do extremo, que usa cueca Diesel. Esse tipo é menos comum que a versão mais light, vaidoso porém classe média. Está cheio de rapazes que trabalham em escritório, são assistentes e fazem luzes no cabelo. São eles que estão próximos da massa de leitoras e não o que compra creme Dior. Como lidar com esse tipo? Do que ele gosta? O que o atrai? O que o afasta? Luiz Cuschnir: Os versão Diesel exigem alta performance socioeconômica. Não admitem mulher fora da moda, ignorante em Daslu, Shopping Iguatemi e Oscar Freire. Vão olhar todos os detalhes dela, desde cuidados estéticos até qualquer lingerie furada, esgarçada ou descosturada. Os classe média podem não ser tão críticos com elas mas sempre estarão esperando uma certa dose de sofisticação, mesmo que seja com réplicas. Acompanhar os dois é ter tempo, como por exemplo se estiver na moda as botas com mil botões ou horas de cabeleireiro, tempo a ser dedicado a se produzir. Demonstrar que gosta dessa vaidade toda, sem ser repetitiva ou sem outros assuntos. De vez em quando soltar algumas informações que facilitem a vida dele de se cuidar. Também deles poderem freqüentar lugares in, já que não adianta nada se preparar e não ter aonde se achar. Não fazer críticas tipo políticas sociocomunitárias, engajamentos partidários tendendo à esquerda etc. Estar sempre atenta que por detrás desta vaidade, desta máscara superficial há um homem que está com ela para ter algo mais profundo também. Então ser também hábil para descobrí-lo na intimidade, deixando aparecer os demais aspectos para poderem respirar dentro do relacionamento, sabendo que há uma obrigação interna dele se mostrar sempre melhor do que está dentro. Aliviá-lo mas não tentar demovê-lo deste comportamento. Será também sempre alguém que se cuida, nem sempre tão intensamente como os malhados de academia mas ele tem um olhar para si e não vai aparecer destruído. Dará um status no social próximo, dando sempre uma impressão de melhor situação econômica e profissional. Deverá ter uma dose grande de ambição, que se dirigida corretamente vai crescer, que atrae muito nas mulheres que querem um homem de sucesso. Pode virar um blefe, dar golpes econômicos em si mesmo ou nos outros, virar uma caricatura para os familiares e amigos próximos. Pode preferir gastar dinheiro em compras do que em fazer terapia ou um curso que vai desenvolvê-lo pessoalmente ou profissionalmente.

Laura Muller: O tipo S, de supervanguarda: ele é moderno, usa marcas de roupa underground, piercing, cabelo colorido e no fundo a gente desconfia que é bissexual. O que fazer? Como descobrir? Vale embarcar ou não? Luiz Cuschnir: Tem muita coisa exagerada em como se veste, se enfeita e se transforma. Acompanhá-lo pode ser fazer parte da tribo que ele se parece, senão pode parecer muito discrepante e desarmônico. Devem ter mais outros movimentos que irão identificando o que está por detrás destas fantasias. Podem estar presentes hábitos como álcool, drogas e sexo nem sempre tradicionais que podem chocá-las. Algumas adições permitem uma liberação maior de comportamentos como a bissexualidade. Na vigência desta atração pelo diferente, faz parte da trama também não ter muito compromisso com o tradicionalmente esperado como monogamias ou heterossexualidade. Embarcar com uma certa cautela, sem atitudes policialescas, preconceituosas. Buscá-lo nos aspectos saudáveis ou mais estruturados podem trazer a tona a alta autoestima, valorizando o que ele tem de bom essencialmente, na sua estrutura emocional e intelectual. Ser próxima afetivamente, manter-se isenta de avaliações de conduta até que a relação se estabeleça com segurança. Com isso vão aparecendo os sinais de segurança pessoal dele e aí ir ajudando-o a não ficar tão dependente dos adereços. Não ir direto à cobranças sejam sexuais ou sociais. Não trazer a tona fofocas, como um meio de devassá-lo ou inquerí-lo. Ele vai se mostrando como der e puder. Evitar comentários críticos sobre os outros que possam ser um espelho da própria crítica dela. Se quiser embarcar nessa liberdade de passado e presente, quem sabe de futuro, buscar a confiança mútua para assegurar a fidelidade possível. Nada muito mais do que é aparente será exigido dela isso serve para as que querem viver este tipo de enredo na vida. Se não há exigências ou expectativas outras, estar com este tipo de companheiro traz um certa tranqüilidade. Também ela não vai ser exigida em altas performances, sejam sociais, profissionais ou familiares. Para quem quer viver na liberdade de preconceitos é uma boa receita. Não dá para esperar uma alta performance profissional, do ponto de vista de ascensão em carreiras muito tradicionais. Isso também repercute socialmente, quando não economicamente, salvo algumas exceções. Os atributos para grandes responsabilidades familiares fica em suspenso, podendo ser uma roubada para quem quer uma vida mais quadradinha em termos familiares.

Laura Muller: O tipo M(BA): cada vez mais os caras fazem sucesso cedo e viram meio neuróticos com a carreira, fazem MBA, tem que falar 5 línguas… tem pouco tempo para relacionamentos… mas são vistos como bons partidos. Mamãe e papai gostam dele e incentivam o namoro. Luiz Cuschnir: Tentar perceber o mais rápido possível se ele deseja(de verdade) a mulher independente e super dedicada a própria carreira, ou se é do tipo que desejaria alguém que soubesse bem como lidar de uma casa e família para ele poder seguir o seu ímpeto de conquistar tudo e todos que vierem na sua frente do ponto de vista profissional. Depois estar bem com vários idiomas também, para poder ser uma companhia para receber com ele e também viajar. Estar super bem arrumada, nada de recebê-lo tipo agasalho, para ele não imaginar que vai chegr em casa um dia e vai encontrá-la de pijama para ficar mais à vontade: depois dele ralar tanto, vai querer alguém menos destruída que ele. Valorizar o que ele faz é arroz-feijão. Ouví-lo em detalhes do quanto, como, quem, onde, para onde, por onde etc etc. Deixá-lo perceber que a medida certa do quanto vão gastar, e no que, será de acordo com o que ele pode, para ele não sentir que além da própria ambição e do consumo total desta empreitada (dele), ela “é que o está ou vai sugá-lo”. Isso vale para afeto e atenção como para os aspectos econômicos presentes e futuros.Ser “perua” demais(o que é a medida de perua para ele, e não para ela própria). Portanto ser cuidada e elegante, nada de largada e fazer tipo hippie. Combina mais com ser yuppie. O que para ela pode ser considerada &”perua” pode não ser para ele, e vice-versa. Poder acompanhá-lo em todos os meandros de sua ascensão profissional, com cursos, cultura, viagens, histórias etc. Dar sempre a impressão e a declaração que ele é mais importante que tudo, sem colocá-lo em dúvida se ela vai traí-lo ou não. Os prós é que Mamãe e Papai têm razão em muita coisa. Quando ela estiver mais madura pode dar Graças de poder usufruir de tanta coisa, e ter orgulhos dele em vários aspectos. Ele pode no futuro perceber o quanto ela é importante na vida dele, conquistá-la e mantê-la como apoio na vida e ela tê-lo na mão para sempre(se ela quiser). Ele nunca vai ser uma pessoa pouco exigente. Sempre vai estar esperando que ela atinja um desenvolvimento maior, seja pessoal, familiar ou profissional (se for o estilo dele ter uma mulher). Na verdade, se não for a dele ter uma mulher profissional no início do relacionamento, mais tarde não vai agüentá-la sendo só dona de casa e mãe de filhos, só esperando ser avó.

Laura Muller: O tipo F, o folgado. A mulherada, que hoje em dia está cada vez mais agilizada, sem perceber faz tudo para o cara e ele não tem que fazer nada! Ele é acomodado, não toma atitude, não tem muita iniciativa. Vale fazer um alerta para a leitora tomar cuidado e não colaborar para a existência dele e como dar toques para ele se ligar. Luiz Cuschnir: Em um primeiro momento, não fugir apavorada deste tipo. Se algo já atraiu e deu liga em alguns pontos do relacionamento, vale a pena insistir. Não é só em filme que ele apaixonado, vai se educando para acordar e crescer. Mas não vale dar muito tempo e experimentar casar antes e imaginar que depois muda. Seja clara e cobre o follow-up. Mas sem ir para cama com ele depois de cada cobrança. é séria essa posição de verificação da evolução. Aliás drogas, álcool, viver na academia mais tempo do que o necessário para ele continuar em uma forma que ele não se adore e a sua maior conquista na vida é ter o bíceps (e o peitoral) mais avantajado. Posicione-se! Ele já se interessou, tudo que você fizer para ele correr atrás e sentir-se capaz de ser um homem grande vai reverter para ele também. Aí o reforço positivo dela vai ser sempre uma reconfirmação da identidade masculina dele. Ficar com ele um pouco na cama para acordar mais nos finais de semana, aceitar os gostos um pouco lentos dele inicialmente até promover a dependência emocional necessária para ele ficar ligado nela, é uma boa pedida. Não assustá-lo com a velocidade dela, com a agenda dela, com a obsessão dela pelo sucesso, com a incapacidade dela ser amorosa além de uma possível dona de casa e mãe dos filhos dele (se ela achar que ele vale a pena). Não se vangloriar do que consegue fazer em tão pouco tempo, ou com tantas qualidades e sucessos. Ele não deve ser do tipo de platéia para esse tipo de enredo. Deve ter um pró muito bem explícito que ela ainda não o deixou. às vezes, ela não sabe ou não consegue deixá-lo. Os prós podem estar na insegurança dela, nos prazeres que proporciona momentaneamente ou pontualmente com ele. Pode ser o ritmo, o tom de voz, o físico, o sexo, enfim o jeitão dele, quem sabe muito diferente do pai, do ex, de alguém que ela está traumatizada emocionalmente. Os contras são que ela vai ter que ralar se quiser conquistar algo na vida. Se já pensar em ter filhos, mesmo que no futuro, é bom esquecer que ele vai cooperar, seja nas tarefas seja na segurança econômica. As coisas podem piorar, esses sintomas de folgado podem ficar cada vez mais nítidos, e ele não sair do lugar (o que o colocaria em uma outra tipificação).

Luiz Cuschnir é coordenador do Gender Group® e supervisor no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. –

 

A garota de São Paulo.

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Existem mais de cem tons de cores. Mas prefere o preto.

Cítricas?

Só quando vai à praia.

E costuma cobrir suas pernas esticadas, finas, com meias pretas.

Usa botas. Não existe mulher que se veste melhor do que as paulistas. E que saiba qual bota escolher e como andar sobre elas.

Sabe o equilíbrio entre o moderno e o convencional. Senso estético apurado. Dona do seu próprio estilo.

A paulista não anda, caminha apressada. Vem e passa. Sem balanço. Sem mar para ir atrás. Moça do corpo pálido. Saturado pela pressa. Beleza que passa sozinha.

Não faz questão de chamar atenção.

Nem tanta questão de ser gostosa, mas magra.

Sempre de dieta.

Sempre em guerra contra a balança.

Malha para se afunilar. Intensamente, pois sabe que a gastronomia da cidade é uma tentação. Massas, pizzas, doces, sorvetes, doces, nhá benta, tesão…

Academia?

Prefere pilates, que estica até o limite das juntas, quase rasga em duas.

E corre, se quer emagrecer urgentemente.

Olhando o chão, pois já tomou muitos tombos por causa das calçadas irregulares da cidade, uma anarquia de desníveis, pedras, buracos, pisos sem um padrão seguro para o seu caminhar apressado de botas, meias e pernas finas.

Rebolar?

Fora de questão.

Olha para o chão e se lembra do que esqueceu, do quanto falta, do que faz falta, do que está errado.

A garota de São Paulo é perfeccionista, gosta de estar ajustada, como as engrenagens de uma indústria. Quer a precisão da esteira de uma linha de montagem.

Passa e olha para o chão, pois pensa nas atividades, nos prazos atrasados, nos compromissos da semana, na agenda do mês.

A garota de São Paulo leva uma vida saudável. Procura comer verduras sem agrotóxico.

Leite?

Desnatado.

Carne vermelha?

Eventualmente.

Carboidrato à noite?

Nem pensar.

O pão tem que ser integral. Linhaça e aveia no café da manhã? Obrigação. Café descafeinado. Chás. Queijos brancos, magros.

Nada industrializado, a não ser a caixa de Bis, que detona algumas vezes em certos períodos, que por vezes tem o intervalo longo, mas quando se torna um vício, chora, porque algo deu errado, desembrulha e engole cada Bis, como se nele a explicação das incoerências.

Recicla o lixo.

Toma remédios para dormir. Toma excitantes para acordar. E aguentar a jornada.

Ela é ambiciosa, trabalha demais, em mais de um emprego, pensa em dez coisas ao mesmo tempo, procura conciliar a organização do lar com a de fora dele.

Ama e odeia o chefe.

Ama e odeia o trabalho.

Sabe que ele dá a independência para ser a moça que quiser, mas também tira o tempo de ser a moça que queria ser.

Metade dela sofre o descarte para a outra parte florescer.

Adora elogios.

Odeia galanteios.

Adora presentes.

Detesta insistentes.

Quer ser cortejada.

Jamais abusada.

Sorri quando assopram um elogio. Fecha a cara quando ultrapassam o limite da sua intimidade.  Preserva a privacidade.

Algumas querem ser chefe. Chefiar garotos de São Paulo. O que só dispara seu conflito maior, o de agregar. Terá que dar ordens, broncas, demitir, exigir, estipular metas, cobrar eficiência. E depois sozinha em casa chora no escuro ao som de Billie Holiday. Se sente pressionada, e ela não sabe por quê. A vida não faz sentido, e ela não sabe por quê.

Chora em comerciais da TV, cerimônias de casamento, em maternidades, quando visita as amigas, no farol, quando uma criança vende bala.

A garota de São Paulo dirige bem. O problema é que se maquia enquanto fala no celular e ultrapassa um busão articulado, aproveitando a brecha entre ele e uma betoneira lotada de concreto. E se esconde no anonimato do insufilm, muda a música do MP3 e, dependendo dela, canta sozinha em voz alta, para não ouvir impropérios.

Faz tanta coisa ao mesmo tempo…

Dirige bem, mas é dispersa. Pensa em vinte coisas em dez segundos. Nunca chega a uma conclusão.

Liga para a mãe semanalmente.  Troca poucas palavras com o pai. Detesta a esposa do irmão. E ama as amigas. Com quem viaja para a praia, para não ficarem um segundo em silêncio. Se o tempo não dá chances, prefere uma tarde na piscina do condomínio com as amigas do que encarar o parque lotado.

Se irrita com homens que falam de dinheiro. Se irrita com homens que contam vantagens no trabalho. Se irrita com homens grudentos, esnobes, arrumadinhos, fúteis, incultos, mal educados.

Gosta de homem interessante.

É assim que ela seleciona: os interessantes e os não.

O que é um homem interessante?

Nem se gravar o papo de seis horas na piscina com as amigas consegue-se descobrir.

Tem que ser aquele que chega e não dá bola. Mas que a repara bem antes de ir embora. Que olha como se ela fosse a mais fosforescente das mulheres. E que desse um jeito a todo custo de trocar meia dúzia de palavras e, claro, criar laços e conexões.

Mas se nada der certo, garotos, não esquentem a cabeça. A mulher de São Paulo sabe seduzir. Sabe olhar e demonstrar. Sabe chamar atenção e indicar que você foi o escolhido. Sabe sorrir, ser paciente com a sua demora, ouvir atentamente os seus devaneios e engasgos. E, quando parece tudo estar perdido, sabe dizer a hora de ir embora, como e sugerir na casa de quem.

A garota de São Paulo não enrola.

Quando não quer, deixa claro.

Quando quer, faz de tudo para acontecer.

E não tem o menor pudor de ir para a casa com você na primeira noite, preparar o café da manhã da primeira manhã, que logo, logo, ambos saberão se vai se repetir ou ser o único.

Pode deixar. Andando de volta para casa, com suas meias pretas e botas, olhando para o chão, ela pensará em você.

Tudo isso é uma generalização literária. Mas me dá licença, poeta, para uma licença poética, homenageando sem pedir licença a graça pragmática da mulher paulista.

Marcelo Rubens Paiva

http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/a-garota-de-sao-paulo/

– O Estadão em 14/08/2011 –

 

The Asteroids Galaxy Tour – “The Golden Age”.

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Pra quem como eu, curtiu o comercial da Heineken e aquela música cheia de balancê, aqui vai:
‘Sing it out loud, gonna get back honey!
Sing it out loud, get away with me!
… Sing it out loud, on a trip back honey!
Sing it out loud and let yourself free!…’
– The Asteroids Galaxy Tour – “The Golden Age” –
 
 

Conheça dez verdades que homens e mulheres não têm coragem de dizer em um relacionamento. Parte II.

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DA MULHER PARA O HOMEM:
1. “Chega de pedir opinião ou benção para a mamãe. Você já é um homem feito!
Blenda de Oliveira, doutora pela PUC em psicoterapia de casais e família, diz que esse é um problema delicado e que deve ser resolvido com diálogo e aos poucos. Uma das alternativas é valorizar o parceiro, assim como a relação que ele tem com a mãe. Para Blenda, o homem que adota esse comportamento não percebe o que está fazendo, pois foi criado de maneira superprotetora. “A companheira deve sugerir que ele tome suas decisões sozinho e estimulá-lo. Por isso, é ideal que o casal converse muito. Ele deve se conscientizar de que tem uma nova família e isso exige outra conduta. Em casos extremos, auxílio terapêutico é necessário”. E não adianta virar inimiga da sogra. Se a mulher quer melhorar seu relacionamento com o parceiro, manter uma relação pacífica com a mãe dele é uma decisão sábia. “Acusar ou criticar aumenta a resistência e causa desgaste aos três.” 

2. “Sim, estou estressada porque sou mãe, profissional, mulher e dona de casa. Aliás, você sabe o que significa dupla jornada?
Nesse caso, é preciso comunicar ao parceiro sobre o excesso de atribuições, mas sem colocar-se como vítima. “Os homens, de modo geral, não reagem bem às conversas dramáticas -e por vezes manipuladoras- das mulheres. Ela trabalha, é mãe, dona de casa e tudo mais porque escolhas foram feitas. O homem também tem suas obrigações e sua sobrecarga, por isso, este não é um bom argumento”, diz Blenda. É essencial que ambos aceitem que a união é uma parceria: quando um precisa o outro ajuda. Por isso, proponha uma divisão de tarefas, mas sem escândalos.

3. “Tamanho importa sim, mas cuidado: se não souber usar, não adianta”
Segundo Glene Rodrigues, terapeuta sexual, o tamanho do pênis importa, sim. E o diâmetro é o mais importante para dar prazer à mulher. “Em um contexto geral, podemos dizer que o conjunto é o que importa e não só a anatomia do órgão do parceiro. A maioria das mulheres atinge orgasmo por estimulação clitoriana, portanto, o homem, sabendo estimular essa região ou fazendo um bom sexo oral, garante o prazer feminino”. A solução para esse caso é ensinar o homem a te tocar. Mostre e explique para ele o que você gosta. “Diga que, quanto mais excitada você for nas preliminares, melhor será a penetração depois, já que a lubrificação aumenta”, diz a terapeuta, que também aconselha suas clientes a comprarem vibradores e massageadores clitorianos. “Assim, o parceiro a estimula e descobre como a mulher sente prazer nessa região.”

4.  “Que diferença vai fazer na nossa vida a vitória do seu time e, a propósito, qual a graça de assistir homens correndo atrás de uma bola?
Todos enfrentam obstáculos por alguém, pois essa pessoa tem muitas qualidades que superam os defeitos. Ninguém consegue manter um relacionamento se não tolerar pequenas manias, defeitos e características do outro. E é bom lembrar que, provavelmente, o seu parceiro também está  fazendo o mesmo em relação a você. Se você não compreende o amor dele por futebol, paciência. Alguma coisa que você gosta também não deve fazer sentido para ele. O ideal é que ambos respeitem as particularidades um do outro. O futebol é só um exemplo.

5. “Tente achar o ponto G, por favor?
Para dizer isso ao homem, não use um tom de reprovação (como se ele não soubesse lhe dar prazer). Proponha como um desafio para o casal, uma brincadeira entre os dois. Para facilitar o caminho, diga que o ponto G fica na parede anterior da vagina. Colocando o dedo, mais ou menos um centímetro e meio para dentro. “Eu recomendo muito que o parceiro faça sexo oral e ao mesmo tempo estimule essa região com o toque e a introdução do dedo, assim, os dois vão buscar juntos o estímulo eficiente para que ela tenha prazer”, explica Glene.

RENATA RODE /Colaboração para o UOL

– Publicado na Folha de São Paulo em 16/08/2011 –

 

Conheça dez verdades que homens e mulheres não têm coragem de dizer em um relacionamento. Parte I.

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DO HOMEM PARA A MULHER:

1. “Quando você vai entender que homem gosta de mulher safada só na cama?”
Os homens adoram estar acompanhados de uma mulher bem educada e delicada, mas que se transforma entre quatro paredes. E para muitas é mais difícil colocar essa segunda característica em prática. Para a consultora de casais Vanniah Neves, quando a falta de sinceridade ocorre no sexo, a vida sexual fica comprometida. “A questão da insatisfação sexual deve ser colocada em pauta para que o casal realinhe o prazer a dois. O mal não está em falar, mas como fazer isso. E há maneiras diferentes de abordar o assunto”, diz. Portanto, se ela é tímida na cama, acusar e reclamar não é o caminho para que ela melhore. Converse abertamente sobre o assunto, com naturalidade e delicadeza, para que ela se solte. E não espere que a liberação ocorra do dia para a noite.

2. “Não lembrar de uma data de comemoração não quer dizer que deixei de te amar”
O psicoterapeuta Alessandro Vianna explica que, além das diferenças básicas de comportamento feminino e masculino, há, também, as diferenças pessoais. E algumas pessoas, homens ou mulheres, não se apegam a datas que, para outras, são importantes. “Explique à parceira a dificuldade que você tem em fixar datas importantes. Como não há dois seres humanos que pensem e sintam exatamente as mesmas coisas, é preciso que, de vez em quando, um seja mais flexível do que o outro. Diga isso a ela”. Porém, como você também precisa ceder, sugira que ela escolha uma data só como o aniversário do relacionamento (e não exija que você se lembre do dia em que vocês se conheceram, o dia do noivado, o do casamento, do primeiro beijo…). Marque na agenda ou no celular e, claro, essa você não poderá esquecer.

 

3. “Essa roupa não engorda. É você que está gorda”
Homem, geralmente, não tem paciência para os ataques de depreciação feminina. Em todos os casos: seja quando a mulher está realmente acima do peso ou quando apenas acha que está. Se ela precisa de uma dieta, que é o caso mais delicado, o parceiro pode ajudar a mulher de diversas maneiras. “A mais praticada em consultório é a que chamamos de efeito dominó: ele adota uma nova dieta, tem hábitos saudáveis, passa a chamá-la para uma caminhada, por exemplo”, diz Lara Natacci Cunha, nutricionista e especialista em distúrbios alimentares. Se essa dica não funcionar, há outra tática eficiente e mais direta, de acordo com Lara. “O homem pode dar de presente um pacote de serviços, com acompanhamento nutricional, academia e tratamentos estéticos. É uma maneira carinhosa de dizer a ela que se preocupa, sem ofendê-la”. E lembre-se que é importante elogiar a força de vontade dela e as mudanças que ocorrerão em seu corpo.

 

4. “Discutir a relação não é um compromisso semanal. E quando você quiser conversar, pelo amor de Deus, seja mais objetiva”
Segundo Allan e Barbara Pease, autores do “Por Que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor?” (Editora Sextante), as mulheres falam de seis a oito mil palavras por dia, enquanto eles, de duas a quatro mil. Homens são mais racionais e objetivos, daí a falta de vontade de conversar e analisar o relacionamento. Seria perfeito que as mulheres fossem direto ao ponto, sem rodeios. Porém, compreenda que a necessidade de falar é uma característica feminina. O melhor, então, é ter bom humor. Procure explicar a ela que conversas excessivas também desgastam o relacionamento e que você está com ela porque a ama -e é isso o que importa.

 

5. “TPM é sua desculpa para tudo. E hoje existe tratamento, sabia?”
A TPM é um problema reconhecido pelos médicos mundialmente. Por isso, não encare-o como desculpa, não. Porém, são muitas as alternativas de tratamento, desde simples mudanças de hábitos alimentares à prescrição de remédios por médicos. Esses tratamentos diminuem consideravelmente o mau humor no período pré-menstrual, além de outros sintomas ruins dessa fase. Se ela não se anima a procurar tratamento, o melhor é mostrar à parceira o quanto esse comportamento faz mal a ela e ao relacionamento de vocês. Estimule-a a buscar ajuda, para que ela enfrente melhor esse período. Enfatize que a principal beneficiada será ela. E é bom não escolher o auge da TPM para ter essa conversa.

 

RENATA RODE /Colaboração para o UOL

 

– Publicado na Folha de São Paulo em 16/08/2011 –